Em 2012, o Brasil viveu o seu boom na produção e vendas de veículos. Naquele ano, o mercado de rastreamento veicular movimentou cerca de 1,5 bilhão de reais. Na prática, foram 1,94 milhão de dispositivos colocados em operação somente na frota nacional. No entanto, logo depois o país mergulhou em uma das mais graves e longas crises econômicas de sua história. Isso se refletiu em vários mercados, inclusive no setor automotivo, que enfrentou um período de baixo crescimento.
Porém, com a melhoria do ambiente econômico, o setor está ganhando fôlego. Conforme dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em 2018 o licenciamento de novos veículos aumentou 14,6% em relação ao ano anterior. Para 2019, a entidade projeta uma elevação de pelo menos 11,4% na comparação com 2018.
Esses números favoráveis devem se refletir no mercado de rastreamento veicular. Afinal, com o aumento da frota, a perspectiva é de que mais consumidores se interessem pela tecnologia. Continue a leitura de nosso artigo e saiba mais sobre esse mercado e suas oportunidades.
Cerca de 40% das empresas que já possuem algum tipo de ferramenta de rastreamento pretendem continuar investindo em soluções semelhantes. Os dados são da empresa IDC Brasil, uma provedora de serviços de inteligência de mercado, consultoria e ações estratégicas de marketing para os segmentos de Tecnologia da Informação e de Telecomunicações.
Segundo a empresa, o principal objetivo das companhias ao investir em rastreamento é reduzir o número de roubos de veículos e de cargas. Além disso, a tecnologia também permite diminuir as despesas com seleção de rotas, ter maior domínio sobre as horas dos funcionários que conduzem os automóveis e aumentar a produtividade.
Mas apesar de todos os benefícios, a falta de segurança e os riscos aos quais os condutores estão expostos ainda são os fatores que mais contribuem com a decisão de adotar o rastreamento.
Conforme dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, edição de 2018, os índices de roubos e furtos de veículos apresentaram queda no período analisado (entre 2016 e 2017). Os roubos diminuíram 2,3% e os furtos 9,2% no total nacional, o que demonstra que tanto as ações de combate quanto o uso de tecnologias que impedem os crimes vêm apresentando bons resultados.
No entanto, em alguns estados das regiões norte e nordeste, além do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, os índices dos crimes aumentaram expressivamente. Isso indica que existe um mercado potencial importante para as empresas que oferecem soluções de tecnologia para combate ao crime.
O cenário atual é propício para o mercado de rastreamento veicular, que cresce ancorado, principalmente, nos negócios de varejo, seguradoras, iscas eletrônicas e gestão de frotas de transportadoras. O IDC Brasil espera ainda mais expansão para os próximos anos.
A busca por meios mais eficientes de combate aos roubos e furtos, tanto dos veículos quanto das cargas, é o fator que mais impulsiona o mercado de rastreamento. No entanto, para analisar quais as cidades mais promissoras para a prestação desse serviço, a falta de segurança não é o único aspecto relevante.
Além dos índices elevados de insegurança, outros dados indicam o potencial do mercado. A renda per capita e o Produto Interno Bruto (PIB) da cidade são diferenciais. Conheça quais são os mercados com maior potencial para os negócios de rastreamento veicular:
Vale lembrar que, apesar dessas cidades serem mercados promissores, muitos veículos circulam além dos limites urbanos. Caminhões que transportam mercadorias de norte a sul do país são um dos principais públicos para as empresas de serviços de rastreamento. Portanto, independentemente de sua localização, o crescimento da frota já indica o grande potencial do mercado.
O Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi) também realizou uma pesquisa com o setor de rastreamento veicular. De acordo com o estudo, as empresas do segmento procuram fazer uma gestão de excelência, com informações claras e instalações completas.
Foram analisados 38 fornecedores de tecnologias para rastreamento veicular. Destes, grande parte tinha contratos sociais e homologação de seus equipamentos, fortalecendo, assim, a formalidade do mercado. Além disso, 37% das empresas são certificadas por órgãos que prezam pelos padrões de segurança e de qualidade, como o ISO.
Das empresas de rastreamento veicular analisadas, 55% têm procedimentos formais para a instalação do equipamento que fará o rastreio de acordo com o modelo do veículo e 45% investem em departamentos exclusivos para isso, fato que aumenta a confiabilidade no setor.
Outro dado relevante do mercado é que os funcionários responsáveis pela tecnologia de rastreamento passam por programas de treinamento periódicos. 50% deles são capacitados frequentemente, 29% têm conhecimento básico sobre as ferramentas e os veículos e 21% contam com forte conhecimento nos equipamentos.
Quando o assunto é o atendimento ao cliente, grande diferencial competitivo, 74% disponibilizam equipes exclusivas para tal e 79% ofertam atendimento 24 horas para emergências.
Outro detalhe relevante para o sucesso das empresas que fornecem rastreamento de carros e cargas é que 95% delas oferecem assistência técnica móvel. Ou seja, os clientes são atendidos na sua sede ou no lugar das ocorrências, e 68% das empresas de rastreamento veicular dão garantia dos seus equipamentos instalados.
A abrangência do mapeamento dos clientes também foi um tópico da pesquisa realizada pelo Cesvi, que constatou que 38% dos fornecedores de rastreamento têm mapas próprios atualizados.
Ao contratar o serviço de rastreamento veicular, os clientes normalmente consideram alguns diferenciais como elementos fundamentais:
Os contratantes também desejam que a empresa de rastreamento da sua frota corporativa tenha um sistema funcional, simples e prático. Esse é um claro exemplo de como tecnologia e a automação fazem a diferença frente a concorrência.
Como você viu, o mercado de rastreamento veicular apresenta grande potencial. Diversos segmentos têm interesse no uso da tecnologia, que permite rastrear cargas, otimizar rotas e promover maior segurança do condutor e dos passageiros, além de facilitar a recuperação de veículos roubados.
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