A tecnologia IoT (Internet of Things), ou Internet das Coisas, é um dos melhores exemplos de como a transformação digital pode impactar positivamente a vida das pessoas e das empresas.
Você já deve ter percebido a sua utilização em vários setores e tarefas do seu dia a dia — mas sabe, exatamente, como ela funciona? Já parou para pensar como ela pode impactar no mercado de rastreamento veicular? Continue esta leitura e descubra os benefícios que a IoT traz a essa área!
O conceito de Internet das Coisas (IoT)
Basicamente, a IoT é a tecnologia que possibilita a conexão e transmissão de dados entre dispositivos por meio de uma rede, sem que haja a necessidade da ação humana. Com ela, objetos, máquinas (mecânicas e digitais) e pessoas podem ser conectados, entre si ou a uma central de controle, por meio de um dispositivo embarcado, que capta e transmite uma diversidade de dados por intermédio de uma rede wireless.
A aplicação da IoT utiliza diversas tecnologias, combinadas entre si ou não, como o Bluetooth e as Redes IP sem fio de baixa energia, Identificação por Rádio Frequência, Wi-Fi direto, entre outras.
A rede LoRa
Em franca expansão no Brasil, a rede LoRa (Long Range) é uma alternativa mais acessível na utilização da IoT. Trata-se de uma rede Low Power Wide Area (LPWA), desenvolvida com a finalidade específica de conectar “coisas”.
Ela utiliza uma tecnologia de rádio frequência que permite o envio e a recepção de dados a longas distâncias. Assim, ao contrário das redes de celulares (3G, 4G e GPRS/EDGE), comumente utilizadas no rastreamento veicular, a LoRa demanda um consumo muito baixo de bateria e menor custo de conexão.
O uso da IoT no mercado de rastreamento veicular
De acordo com relatório da Research and Market, a utilização da IoT no gerenciamento de frotas atingirá US$ 8,28 bilhões até 2021. E não à toa. Os benefícios dessa tecnologia vão muito além da localização de automóveis roubados: ela torna as soluções de rastreamento veicular extremamente mais eficientes, confiáveis, automatizadas e econômicas.
Mas, primeiro, vamos entender como isso funciona nesse setor.
Sensores embarcados no veículo coletam diversas informações, que são enviadas periodicamente (conforme parametrizado) para um servidor por meio de uma rede de dados móvel. Esse servidor, então, encaminha relatórios e notificações relativas às informações coletadas para a central de rastreamento ou para outros dispositivos, como o celular do motorista ou do supervisor.
Atualmente, a Internet das Coisas utiliza três principais tecnologias para viabilizar o rastreamento veicular — RFID (Identificação por Rádio Frequência), OBD II e GPS. Juntos, eles controlam, rastreiam e coletam informações cruciais sobre rotas, condições do veículo e de direção, tudo em tempo real.
Uma avaliação correta e aprofundada dos dados obtidos com essa tecnologia permite a um administrador de frotas otimizar processos, reduzir perdas e maximizar lucros. Vejamos, a seguir, alguns exemplos disso:
- monitoração do desempenho do veículo e seus componentes por meio da telemetria, possibilitando analisar tendências, identificar e notificar imediatamente qualquer irregularidade ou queda de desempenho;
- acompanhamento e suporte da jornada do motorista por meio de câmeras de transmissão, sensor de fadiga, geolocalização, controle de tempo de deslocamento e paradas, aplicativos móveis e sistemas de comunicação;
- integração com outras plataformas para o monitoramento de informações como volume de tráfego, velocidade, condutas de direção do motorista, infrações de trânsito, entre outras;
- armazenamento diário dos dados em nuvem, o que dispensa equipamentos com memória extensa, reduzindo custos e facilitando o acesso por qualquer dispositivo, a qualquer momento, independentemente da localização;
- notificação em tempo real a respeito de variações ocorridas no transporte de cargas que requeiram determinada temperatura ou que sejam sensíveis a vibrações excessivas;
- gerenciamento da frota — o cruzamento de informações e a conexão de dispositivos permite a visualização do processo logístico como um todo, otimizando-o de ponta a ponta.
Enfim, como vimos, a Internet das Coisas pode ser amplamente utilizada no rastreamento de veículos. Mas, para que ela seja plenamente aproveitada, não basta transmitir os dados, é preciso ter um sistema que facilite a análise das informações e a tomada de decisões.
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